4 de out. de 2009

Você está roubando a Deus?

Não sou adepto da pedagogia do medo e da opressão para ensinar as verdades que Deus permitiu que fossem registradas na Bíblia Sagrada. Penso que a contribuição deve ser fruto do reconhecimento do Senhorio Divino sobre as nossas vidas e gratidão por nos conceder tantas bênçãos que não somos merecedores. Assim disse o apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo: “ Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” 2 Coríntios 9.7

Porém entristece o coração ver o descaso que muitos membros do corpo de Cristo tem para com os decretos de Deus e a Sua Igreja. Precisamos recuperar a visão de que somos cooperadores de Deus, como está dito aos Coríntios: “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.” 1 Coríntios 3.9. É isso que somos, um corpo que precisa da cooperação de todos, de cada parte para o crescimento saudável e sustentável de nossa comunidade de discípulos de Cristo Jesus.

Notemos que a cooperação deve ser de todos. Infelizmente muitos não tem cooperado, e, com isso, a igreja sofre. Se fôssemos perguntar aos membros não contribuintes o por quê da não contribuição, teríamos muitas justificativas. Diriam alguns que não contribuem porque acham que ganham tão pouco, e, o seu pouco, não fará diferença. Outros, porque não concordam com a liderança e administração da igreja, e, então, protestam deixando de devolver o dízimo. Há, também, aqueles que por descuidos ou surpresas desagradáveis se endividaram, com isso não tem como ser dizimista. Ainda há aqueles que fazendo-se doutores de si mesmo afirmam que o dízimo não é doutrina neotestamentária, é coisa da lei, por isso não se aplica aos cristãos. Nós temos sofrido com essas atitudes e visões distorcidas em nosso meio. Em nossa igreja menos da metade da membresia tem sido fiel a Deus na devolução da décima parte do resultado de seu trabalho. Que lástima.

Aprofundando um pouco mais na questão, vamos verificar que a nossa cooperação não diz respeito somente a contribuição financeira, mas, sobretudo, a nossa dedicação de tempo, recursos e talentos pessoais para o serviço da igreja neste mundo. Quantos talentos estão enterrados por ausência de perdão e restauração de amizades. Com isso, nós perdemos como igreja, poderíamos avançar com força, todavia ficamos a patinar por falta de humildade e ação reconciliadora. Há também aqueles que roubam a Deus buscando a glória para si mesmos. Querem ser visto pelo que fazem, querem a recompensa deste mundo, das pessoas, por isso buscam a proeminência. À estes Jesus é bem claro em Mateus 6.1-5.

Você está roubando a Deus? Precisamos ser sinceros conosco, com Deus e com o próximo para responder esta pergunta tão séria que o próprio Deus aventou quando falou por meio do profeta Malaquias 3.8-10. Um conselho de pastor que se importa com a sua vida e com a igreja que somos, não roube mais a Deus. Não vale a pena. Ao invés de roubá-lo, arrependa-se do mal feito, peça perdão e comece hoje uma nova caminhada em sua vida. Lembre-se que Deus é rico em perdoar como registrou o profeta Isaías 55.7.

Este é o primeiro Domingo do mês e reafirmamos que contamos com a sua cooperação manifesta num sorriso, num abraço, numa oração, numa recitação bíblica, na dedicação de seu talento, na devolução do dízimo, na generosidade em ofertar, no servir com humildade, na participação dos cultos em oração, nos domingos pela manhã e de noite, nas programações diversas que teremos. A sua cooperação faz a diferença. Se todos nos unirmos Pompéia será impactada com a prática do Evangelho de Cristo.

Juntos Somos Mais,
Pr. Rodrigo Odney

23 de ago. de 2009

Frieza Espiritual

Observe ao seu arredor e veja como o cenário está cinzento, nebuloso e intensamente frio. Para completar, a chuva faz com que fiquemos desencorajados a sair na rua e nos estimula a ficar dentro de casa, de preferência debaixo de um cobertor bem espesso e diante a TV assistindo algum programa. Ou, debaixo do mesmo cobertor, deitados na confortável cama de todos os dias. Já ouvi de algumas pessoas que esses dias tem fugido a estação. A chuva e intenso frio em agosto, não é comum.

Assim é a frieza espiritual e este estado ela nos conduz. Quando o seguidor e a seguidora de Cristo vivem a frieza espiritual tornam-se cinzentos, apáticos e voltados para si mesmo. A coragem para servir se foi, o desejo de crescer na fé e a disciplina da oração estão congelados, o estudo e a vivência das Sagradas Escrituras é quase nulo e o evangelismo está fora de estação. Estão tão encobertos pelos seus pecados que não percebem o quanto já entristeceram o Espírito Santo redundando numa vida sem graça e indiferente ao outro sem Cristo.

Identificar a frieza espiritual na vida da igreja é bastante desconfortante, mas necessário. A frieza espiritual torna a igreja num clube social. Num mero lugar de encontros, como qualquer outro. Ou, faz com que a vida religiosa torne-se uma rotina. Vou à igreja por tradição e costume, se não for, parece que faltou algo da rotina semanal. Porém, o ir é só aquele noturno, pois este basta para o desencargo de consciência. A frieza espiritual faz isso com o seguidor e a seguidora de Jesus Cristo. O evangelho tornou-se uma paródia.

A vivacidade espiritual precisa ser ressuscitada quando se vive seco e oco. Para tanto, a igreja, cada membro que a compõe, precisa urgentemente arrepender-se e humildemente clamar a restauração que Deus faz na vida daquele que o busca. Precisamos redescobrir e descobrir a prática da oração, do estudo e obediência às Sagradas Escrituras e ao empenho na evangelização.

Nós precisamos disto como PIB em Pompéia. Nós precisamos disto como justificados e regenerados por Deus em Cristo Jesus. Para tanto, três desafios para alavancar a sua vida espiritual:

1. Oração individual e corporativa. Não basta orarmos em casa. As Sagradas Escrituras testificam que os primeiros seguidores e seguidoras de Cristo oravam juntos. Atos 1.14; 2.1, 42-47; 4.31-32. Então, mudamos a forma do Culto de Quarta. A partir desta semana o Culto de Quarta será de verdade um Culto em Oração. Nós só oraremos. Oraremos com objetivos bem estabelecidos. Primeiro: Marcos 12.29-31 - O nosso clamor será: “Senhor reconhecemos a tua Soberania, nos perdoe por não te amarmos, mas queremos aprender o que nos pede. Amar a ti sobre tudo e ao próximo como a nós mesmo.” Segundo: Mateus 28.16-20. O nosso clamor será: “Senhor reconhecemos o seu chamado missionário, nos perdoe por tantas vezes sermos tão mesquinhos e orgulhos, nos ensine em cada oportunidade a viver, pregar e ensinar o Evangelho de Jesus Cristo”. Terceiro: Questões pessoais.

2. Bíblia Sagrada – Estudo e Obediência. Pregação bíblica expositiva e aplicação prática; Estudo e Aplicação na Escola Bíblica que será redesenhada e em Pequenos Grupos durante a semana. Redescobrir o valor do Domingo de Manhã e da Noite.

3. Evangelismo Pessoal. Cada membro e salvo pelo Senhor Jesus Cristo é chamado e tem a responsabilidade de anunciar o Evangelho com a sua vida, em seu dia-a-dia em cada oportunidade que Deus conceder. A igreja investirá na capacitação prática e no cotidiano poremos em ação a proclamação do Evangelho. Seremos uma igreja autenticamente Missionária o Conselho de Missões está sendo formado pelo pastor e equipe.

A frieza espiritual precisa ser substituída pelo fogo do Espírito Santo. Fogo que nos convoca ao estudo profundo das Sagradas Escrituras e a uma vida irrepreensível, santa e íntegra neste mundo. Fogo que nos impulsiona a pregar o evangelho com coragem e destemor. Fogo que nos coloca de joelhos dobrados e corações quebrantados diante de Deus. Fogo que tira a impureza pela confissão de um coração arrependido. Fogo que nos permite amar e perdoar. Fogo que nos fortalece na santificação sem a qual ninguém verá a Deus. Amém!

Do Coração, Pr. Rodrigo Odney

12 de jul. de 2009

Inclusão Eclesiástica

Muito ouvimos falar de outro tipo de inclusão, a social. Existe um grande esforço dos organismos públicos para a inserção do indivíduo na vida social. Esta ação tem como base o princípio constitucional que afirma a igualdade entre as pessoas. Há ações específicas que visam facilitar a inclusão de portadores de necessidades especiais; aos menos favorecidos o estudo, a moradia; aos dependentes químicos; enfim, a inclusão social é necessária e não pode cessar.

Sem menor valor é a Inclusão Eclesiástica. Este assunto é urgente e a ausência de ações concretas nessa direção tem resultado na exclusão de pessoas que estão carentes e necessitadas de amor, de atenção, de cura, e, a inserção do convívio entre aqueles que professam a tríade: a fé, o amor e a esperança. Porém, ironicamente, a comunidade que deveria fomentar a inclusão, na verdade, mais exclui do que inclui.

Toda política de inclusão possui diretrizes que balizam o seu modus operanti para alcançar o objetivo proposto. Na Inclusão Eclesiástica essas medidas são traçadas pelas Sagradas Escrituras. Ela rege a nossa ação. Mostra o que precisamos fazer e deixar de fazer. Corrige a nossa miopia quanto à natureza humana, elucida a nossa compreensão quanto ao Único Deus e atualiza os nossos valores e forma de pensar.

O carente desta inclusão enfrenta de cara duas grandes barreiras que o mantém longe. A primeira é não ser notado e valorizado quando chega. Muitas vezes não facilitamos a inserção eclesiástica porque não acolhemos as pessoas. Nem sequer olhamos em seus olhos e expressamos com verdade uma saudação cordial. A indiferença para com aquele que chega é trágica e fecha muitas portas. Muitos vêm e não volta, não porque sejam incrédulos, mas, porque aonde esperavam encontrar o amor de Deus operando, o que encontram é a fria indiferença que já conhecem no mundo.
Vencida a primeira barreira, a segunda é regada de vaidade e desejo de primazia. O novo membro desta comunidade está empolgado e desejoso de servir. Quer ver a sua comunidade de fé, esperança e amor crescendo. Quer ver os excluídos, incluídos e acolhidos. Quer promover inclusão. Entretanto, são barrados por aqueles que chegaram primeiro e não querem compartilhar. Não querem perder espaço. Não querem servir, mas, serem servidos. Agem como se tivessem privatizado o cargo e o ministério que atuam. Se colocam como senhores, e, se esquecem que são servos, ou, deveriam ser.

Essas barreiras, bem como todas já tratadas, precisam ser excluídas de nosso meio. Saberemos o quanto estaremos saudáveis a medida que percebermos o quanto estamos unidos e fortalecidos em um único propósito de cumprir todos os desígnios de Deus revelado em sua Palavra. O nosso crescimento integral depende de nossa obediência ao que a Bíblia ensina. Unidade é resultado da obediência. Crescimento é consequência. Unidade precisa ser a nossa marca registrada.

Dentre muitos outros textos destacamos este do Apóstolo Paulo. “Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus.” Romanos 15.5-7 “ Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” Efésios 4.15,16

Leia, reflita e mude. João 17.20-23; Atos 2.1,42-47; Efésios 4.29-32; 1 Coríntios 11.28-34.

Juntos Somos Mais,
Pr. Rodrigo Odney
rodrigoodney.blogspot.com