6 de nov. de 2010

Pais que ensinam seus filhos a contribuir

  
       Foi com o meus pais que aprendi o privilégio e a bênção de participar da contribuição financeira na igreja. Ainda criança, sem compreender que o dinheiro poderia escravizar homens e mulheres, os meus pais, já me ensinavam que o dinheiro conquistado pelo árduo trabalho, antes de tudo, era fruto da graça de Deus, e, primeiramente, a Deus deveria ser dedicado.
       Com eles aprendi a bênção de ser dizimista. Aos quatorze anos de idade, quando comecei a trabalhar, já era dizimista fiel. Ainda hoje lembro-me da alegria que tive ao dedicar o meu primeiro dízimo. Desde então, tenho me mantido leal a Deus na contribuição dos dízimos. Recordo-me que houveram tempos difíceis, mas, estes nunca foram motivo de não dizimar. Entretanto, lembro-me também, que houve alguns episódios, que devido a minha incredulidade, pequei, ao me apropriar do que não era meu. Porém, não demorou muito para reconhecer o erro, e, arrependido, confessei o pecado, o abandonei, e voltei a cultivar a lealdade que há anos ininterruptos tem se mantido. Contribuo com  alegria e lealdade. Todavia, como pecador que sou, luto contra a minha carne e busco a santificação no cuidado com as finanças.
       Agora sou pai, e preciso ensinar a minha filha, e, se Deus permitir, aos futuros filhos, o valor deste ensino da Palavra de Deus, que foram por meus pais passado. A minha oração, prática e ensino é que ela também seja leal ao Senhor, e, quando chegar a vez dela tomar suas próprias decisões, como indivíduo e pessoa, escolha ser leal a Deus, porque primeiramente é o que Deus estabelece em sua Palavra, e, também, porque viu em seus pais a bênção e o privilégio que nos foi dado de contribuir financeiramente com a igreja do Senhor Jesus.
       O ensino bíblico sobre dízimos e oferta apresenta que esta prática é um privilégio que Deus nos dá pela sua graça. É privilégio poder contribuir com a expansão do evangelho. É privilégio poder ser parte do que Deus está fazendo para alcançar pecadores quebrantados e sedentos por Ele.
       O apóstolo Paulo, guiado pelo Espírito Santo, escreveu as seguintes palavras à Igreja de Corinto: “1 Agora vou tratar do dinheiro para ajudar o povo de Deus da Judéia. Façam o que eu disse às igrejas da província da Galácia. 2 Todos os domingos cada um de vocês separe e guarde algum dinheiro, de acordo com o que cada um ganhou. Assim não haverá necessidade de recolher ofertas quando eu chegar. 3 Depois que chegar, eu enviarei, com cartas de apresentação, aqueles que vocês escolherem para levarem a oferta até Jerusalém. 4 Se for conveniente que eu também vá, eles farão a viagem comigo.” NTLH (1Co 16.1-4).
       Os nossos filhos serão obedientes e descobrirão o prazer de serem contribuintes fiéis a medida que nós pais formos exemplos de vida na contribuição, conforme 1Co 16. Por isso, querido pai e mãe, te encorajo como seu pastor e amigo a partir deste mês a contribuir de forma sistemática e não esporádica. Mostre ao seu filho(a) que você é fiel, mesmo na escassez. Contribua de modo individual, tenha o seu envelope, coloque o seu nome, faça isso ao lado do seu filho(a). Contribua de forma consistente, seja fiel ao que Deus te deu como sustento, contribua proporcionalmente ao seu rendimento mensal. Ensine o seu filho(a) que você o faz com alegria, com prazer, e, não porque, você tem medo de uma maldição e de um devorador. Ensine que devolver o dízimo e dedicar a oferta é fruto da sua gratidão pela provisão diária que Deus concede a você e a sua família. Deixe o seu filho(a) saber disto. E, por fim, contribua de forma transparente. Deixe o seu filho ver que você dedica o seu dízimo na igreja que é membro, e, não é administrado como você bem entende. Deixe o seu filho entender que é à igreja que o dízimo e a oferta devem ser entregues. E que a igreja, por sua vez, em conformidade com a Palavra de Deus, possa administrar de acordo com o que a Assembléia de membros delibera. Queridos pais, deixe esse legado na vida de seus filhos, assim como os meus pais deixaram em mim.    
Pr. Rodrigo Odney.