12 de jul. de 2009

Inclusão Eclesiástica

Muito ouvimos falar de outro tipo de inclusão, a social. Existe um grande esforço dos organismos públicos para a inserção do indivíduo na vida social. Esta ação tem como base o princípio constitucional que afirma a igualdade entre as pessoas. Há ações específicas que visam facilitar a inclusão de portadores de necessidades especiais; aos menos favorecidos o estudo, a moradia; aos dependentes químicos; enfim, a inclusão social é necessária e não pode cessar.

Sem menor valor é a Inclusão Eclesiástica. Este assunto é urgente e a ausência de ações concretas nessa direção tem resultado na exclusão de pessoas que estão carentes e necessitadas de amor, de atenção, de cura, e, a inserção do convívio entre aqueles que professam a tríade: a fé, o amor e a esperança. Porém, ironicamente, a comunidade que deveria fomentar a inclusão, na verdade, mais exclui do que inclui.

Toda política de inclusão possui diretrizes que balizam o seu modus operanti para alcançar o objetivo proposto. Na Inclusão Eclesiástica essas medidas são traçadas pelas Sagradas Escrituras. Ela rege a nossa ação. Mostra o que precisamos fazer e deixar de fazer. Corrige a nossa miopia quanto à natureza humana, elucida a nossa compreensão quanto ao Único Deus e atualiza os nossos valores e forma de pensar.

O carente desta inclusão enfrenta de cara duas grandes barreiras que o mantém longe. A primeira é não ser notado e valorizado quando chega. Muitas vezes não facilitamos a inserção eclesiástica porque não acolhemos as pessoas. Nem sequer olhamos em seus olhos e expressamos com verdade uma saudação cordial. A indiferença para com aquele que chega é trágica e fecha muitas portas. Muitos vêm e não volta, não porque sejam incrédulos, mas, porque aonde esperavam encontrar o amor de Deus operando, o que encontram é a fria indiferença que já conhecem no mundo.
Vencida a primeira barreira, a segunda é regada de vaidade e desejo de primazia. O novo membro desta comunidade está empolgado e desejoso de servir. Quer ver a sua comunidade de fé, esperança e amor crescendo. Quer ver os excluídos, incluídos e acolhidos. Quer promover inclusão. Entretanto, são barrados por aqueles que chegaram primeiro e não querem compartilhar. Não querem perder espaço. Não querem servir, mas, serem servidos. Agem como se tivessem privatizado o cargo e o ministério que atuam. Se colocam como senhores, e, se esquecem que são servos, ou, deveriam ser.

Essas barreiras, bem como todas já tratadas, precisam ser excluídas de nosso meio. Saberemos o quanto estaremos saudáveis a medida que percebermos o quanto estamos unidos e fortalecidos em um único propósito de cumprir todos os desígnios de Deus revelado em sua Palavra. O nosso crescimento integral depende de nossa obediência ao que a Bíblia ensina. Unidade é resultado da obediência. Crescimento é consequência. Unidade precisa ser a nossa marca registrada.

Dentre muitos outros textos destacamos este do Apóstolo Paulo. “Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus.” Romanos 15.5-7 “ Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” Efésios 4.15,16

Leia, reflita e mude. João 17.20-23; Atos 2.1,42-47; Efésios 4.29-32; 1 Coríntios 11.28-34.

Juntos Somos Mais,
Pr. Rodrigo Odney
rodrigoodney.blogspot.com

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