27 de fev. de 2010

Redescobrindo velhos caminhos

De tempo em tempo a igreja precisa se redescobrir para não se tornar anacrônica, e, portanto, desnecessária à geração que a envolve. O problema é que muitas no afã de conectar-se com o seu tempo abrem mão de princípios que a definem e a tornam agentes de transformação tão requeridas para a cultura emergente.


A cultura emergente é preconceituosa. Curioso é perceber que muitos advogam ser tolerante, aglutinadora de pensamentos e intercambiável, entretanto, não é bem assim. Quando se trata de velhos princípios e valores o desprezo é manifesto quase que instantaneamente. Qualquer pensamento que contrapõe a sua máxima é tachado de antiquado e resquício do obscurantismo dos séculos passados.

Nessa onda muitos crentes tem surfado e o desastre é visível quando se verifica a vida familiar, profissional e social. O Sal e a Luz que deveriam diferenciar o discípulo de Jesus do não discípulo são imperceptíveis. Com roupagem evangélica vive-se os piores descaminhos que maculam e denigrem o evangelho do Senhor Jesus.

Posto isto, a igreja precisa redescobrir velhos caminhos que são capazes de atualizá-la para o seu tempo e tornar-se, portanto, o ambiente fomentador de transformações necessárias para o mundo de hoje. Oferecendo o espaço que as famílias precisam para serem facilitadas em seu processo de cura e crescimento conforme a imagem de Cristo.

A igreja redescobre velhos caminhos quando percebe a novidade que os princípios bíblicos conferem a sua existência e finalidade. Igreja só é igreja se está alicerçada no ensino de Cristo e dos apóstolos, quando perde este padrão, torna-se qualquer outra coisa, menos a igreja instituída por Jesus.

A igreja redescobre velhos caminhos quando percebe a nobreza do indivíduo em todas as suas potencialidades e responsabilidades; e reconhece que a exclusividade de Cristo é absoluta. A graça salvadora não reside na autonomia do indivíduo, mas, sim na autonomia do Criador.

A igreja redescobre velhos caminhos quando percebe o seu papel social - sua capacidade de atuar ativamente em busca do bem comum, mas sem cor e nem bandeira partidária. Capaz de ser a voz de protesto contra qualquer ato de injustiça.

A igreja redescobre velhos caminhos quando percebe a força da unidade e da cooperação. Unidade e cooperação resultantes da sua autonomia, da sua percepção de sua necessidade de interação. De indivíduos que nasceram de novo e cumprem as ordenanças. Igrejas que não são fim em si mesmo, mas mutuamente coopera para transforma o mundo a partir do seu meio.

Como igreja precisamos redescobrir esses velhos caminhos, já temos 51 anos de história. Em Pompéia somos a PIB e a Memorial. No mundo já existimos a mais de 400 anos. Nosso legado foi forjado por esses princípios. Que possamos nesses próximos 50 anos redescobri-los para fazermos a necessária diferença que o tempo de hoje requer de nós. Parabéns Igreja por seu aniversário.


Juntos Somos Mais,
Pr. Rodrigo Odney

4 de out. de 2009

Você está roubando a Deus?

Não sou adepto da pedagogia do medo e da opressão para ensinar as verdades que Deus permitiu que fossem registradas na Bíblia Sagrada. Penso que a contribuição deve ser fruto do reconhecimento do Senhorio Divino sobre as nossas vidas e gratidão por nos conceder tantas bênçãos que não somos merecedores. Assim disse o apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo: “ Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” 2 Coríntios 9.7

Porém entristece o coração ver o descaso que muitos membros do corpo de Cristo tem para com os decretos de Deus e a Sua Igreja. Precisamos recuperar a visão de que somos cooperadores de Deus, como está dito aos Coríntios: “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.” 1 Coríntios 3.9. É isso que somos, um corpo que precisa da cooperação de todos, de cada parte para o crescimento saudável e sustentável de nossa comunidade de discípulos de Cristo Jesus.

Notemos que a cooperação deve ser de todos. Infelizmente muitos não tem cooperado, e, com isso, a igreja sofre. Se fôssemos perguntar aos membros não contribuintes o por quê da não contribuição, teríamos muitas justificativas. Diriam alguns que não contribuem porque acham que ganham tão pouco, e, o seu pouco, não fará diferença. Outros, porque não concordam com a liderança e administração da igreja, e, então, protestam deixando de devolver o dízimo. Há, também, aqueles que por descuidos ou surpresas desagradáveis se endividaram, com isso não tem como ser dizimista. Ainda há aqueles que fazendo-se doutores de si mesmo afirmam que o dízimo não é doutrina neotestamentária, é coisa da lei, por isso não se aplica aos cristãos. Nós temos sofrido com essas atitudes e visões distorcidas em nosso meio. Em nossa igreja menos da metade da membresia tem sido fiel a Deus na devolução da décima parte do resultado de seu trabalho. Que lástima.

Aprofundando um pouco mais na questão, vamos verificar que a nossa cooperação não diz respeito somente a contribuição financeira, mas, sobretudo, a nossa dedicação de tempo, recursos e talentos pessoais para o serviço da igreja neste mundo. Quantos talentos estão enterrados por ausência de perdão e restauração de amizades. Com isso, nós perdemos como igreja, poderíamos avançar com força, todavia ficamos a patinar por falta de humildade e ação reconciliadora. Há também aqueles que roubam a Deus buscando a glória para si mesmos. Querem ser visto pelo que fazem, querem a recompensa deste mundo, das pessoas, por isso buscam a proeminência. À estes Jesus é bem claro em Mateus 6.1-5.

Você está roubando a Deus? Precisamos ser sinceros conosco, com Deus e com o próximo para responder esta pergunta tão séria que o próprio Deus aventou quando falou por meio do profeta Malaquias 3.8-10. Um conselho de pastor que se importa com a sua vida e com a igreja que somos, não roube mais a Deus. Não vale a pena. Ao invés de roubá-lo, arrependa-se do mal feito, peça perdão e comece hoje uma nova caminhada em sua vida. Lembre-se que Deus é rico em perdoar como registrou o profeta Isaías 55.7.

Este é o primeiro Domingo do mês e reafirmamos que contamos com a sua cooperação manifesta num sorriso, num abraço, numa oração, numa recitação bíblica, na dedicação de seu talento, na devolução do dízimo, na generosidade em ofertar, no servir com humildade, na participação dos cultos em oração, nos domingos pela manhã e de noite, nas programações diversas que teremos. A sua cooperação faz a diferença. Se todos nos unirmos Pompéia será impactada com a prática do Evangelho de Cristo.

Juntos Somos Mais,
Pr. Rodrigo Odney

23 de ago. de 2009

Frieza Espiritual

Observe ao seu arredor e veja como o cenário está cinzento, nebuloso e intensamente frio. Para completar, a chuva faz com que fiquemos desencorajados a sair na rua e nos estimula a ficar dentro de casa, de preferência debaixo de um cobertor bem espesso e diante a TV assistindo algum programa. Ou, debaixo do mesmo cobertor, deitados na confortável cama de todos os dias. Já ouvi de algumas pessoas que esses dias tem fugido a estação. A chuva e intenso frio em agosto, não é comum.

Assim é a frieza espiritual e este estado ela nos conduz. Quando o seguidor e a seguidora de Cristo vivem a frieza espiritual tornam-se cinzentos, apáticos e voltados para si mesmo. A coragem para servir se foi, o desejo de crescer na fé e a disciplina da oração estão congelados, o estudo e a vivência das Sagradas Escrituras é quase nulo e o evangelismo está fora de estação. Estão tão encobertos pelos seus pecados que não percebem o quanto já entristeceram o Espírito Santo redundando numa vida sem graça e indiferente ao outro sem Cristo.

Identificar a frieza espiritual na vida da igreja é bastante desconfortante, mas necessário. A frieza espiritual torna a igreja num clube social. Num mero lugar de encontros, como qualquer outro. Ou, faz com que a vida religiosa torne-se uma rotina. Vou à igreja por tradição e costume, se não for, parece que faltou algo da rotina semanal. Porém, o ir é só aquele noturno, pois este basta para o desencargo de consciência. A frieza espiritual faz isso com o seguidor e a seguidora de Jesus Cristo. O evangelho tornou-se uma paródia.

A vivacidade espiritual precisa ser ressuscitada quando se vive seco e oco. Para tanto, a igreja, cada membro que a compõe, precisa urgentemente arrepender-se e humildemente clamar a restauração que Deus faz na vida daquele que o busca. Precisamos redescobrir e descobrir a prática da oração, do estudo e obediência às Sagradas Escrituras e ao empenho na evangelização.

Nós precisamos disto como PIB em Pompéia. Nós precisamos disto como justificados e regenerados por Deus em Cristo Jesus. Para tanto, três desafios para alavancar a sua vida espiritual:

1. Oração individual e corporativa. Não basta orarmos em casa. As Sagradas Escrituras testificam que os primeiros seguidores e seguidoras de Cristo oravam juntos. Atos 1.14; 2.1, 42-47; 4.31-32. Então, mudamos a forma do Culto de Quarta. A partir desta semana o Culto de Quarta será de verdade um Culto em Oração. Nós só oraremos. Oraremos com objetivos bem estabelecidos. Primeiro: Marcos 12.29-31 - O nosso clamor será: “Senhor reconhecemos a tua Soberania, nos perdoe por não te amarmos, mas queremos aprender o que nos pede. Amar a ti sobre tudo e ao próximo como a nós mesmo.” Segundo: Mateus 28.16-20. O nosso clamor será: “Senhor reconhecemos o seu chamado missionário, nos perdoe por tantas vezes sermos tão mesquinhos e orgulhos, nos ensine em cada oportunidade a viver, pregar e ensinar o Evangelho de Jesus Cristo”. Terceiro: Questões pessoais.

2. Bíblia Sagrada – Estudo e Obediência. Pregação bíblica expositiva e aplicação prática; Estudo e Aplicação na Escola Bíblica que será redesenhada e em Pequenos Grupos durante a semana. Redescobrir o valor do Domingo de Manhã e da Noite.

3. Evangelismo Pessoal. Cada membro e salvo pelo Senhor Jesus Cristo é chamado e tem a responsabilidade de anunciar o Evangelho com a sua vida, em seu dia-a-dia em cada oportunidade que Deus conceder. A igreja investirá na capacitação prática e no cotidiano poremos em ação a proclamação do Evangelho. Seremos uma igreja autenticamente Missionária o Conselho de Missões está sendo formado pelo pastor e equipe.

A frieza espiritual precisa ser substituída pelo fogo do Espírito Santo. Fogo que nos convoca ao estudo profundo das Sagradas Escrituras e a uma vida irrepreensível, santa e íntegra neste mundo. Fogo que nos impulsiona a pregar o evangelho com coragem e destemor. Fogo que nos coloca de joelhos dobrados e corações quebrantados diante de Deus. Fogo que tira a impureza pela confissão de um coração arrependido. Fogo que nos permite amar e perdoar. Fogo que nos fortalece na santificação sem a qual ninguém verá a Deus. Amém!

Do Coração, Pr. Rodrigo Odney