19 de mai. de 2009

A CENTRALIDADE DE DEUS

“Portanto, grandíssimo és, ó SENHOR Deus, porque não há semelhante a ti, e não há outro Deus além de ti, segundo tudo o que nós mesmos temos ouvido.” 2 Samuel 7.22
Davi começava a experimentar um período de paz e de prosperidade em seu reinado, os seus filhos estavam nascendo e os frutos da realeza começavam a florear. Nesse contexto, surge a preocupação com o fato de habitar em casa de fino acabamento, enquanto, a arca de Deus em tendas. O que o incomodou e desejou mudança, mas, na verdade, ele é quem foi mudado. Deus o faz perceber que é Ele quem provê, cuida, faz prosperar, dá segurança, e, não Davi. Deus estabelece com Davi uma aliança messiânica (v.12-16). Resultado: Davi reconhece o Senhorio, a Majestade, a Glória, o Poder, a Honra que deve ser dada ao Único Deus. Deus é a causa causadora.
Bem como Davi, nós precisamos aprender que é Deus quem é Soberano sobre todas coisas e está no controle do universo conhecido e desconhecido. Esta é a primeira verdade que devemos pautar o ministério que Deus deu à sua igreja e a cada um individualmente. Nós precisamos reconhecer que quem é o Senhor e Digno de ser adorado, é Deus, e, não nós e os nossos projetos. A igreja precisa reconhecer que a sua missão atemporal é adorar a Deus, é reconhecer e viver segundo o Seu Senhorio. O apóstolo João viu e ouviu dos quatro seres viventes: “ Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.” (Apocalipse 4.8) e dos vinte e quatro anciões: “ Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.” (Apocalipse 4.11).
Deus corrigiu a perspectiva de Davi e precisa corrigir a nossa para que tenhamos a visão correta. Para tanto, precisamos nos atentar basicamente a três desvirtuamento da nossa visão. A primeira ameaça é o eu-ismo. Esta ameaça afaga o ego e faz pensar que somos o centro do mundo. Eu-ismo tem sido a marca da nossa sociedade. Facilmente somos seduzidos a assumir o trono. Outra ameaça, é o hedonismo. A pessoa hedonista só pensa no seu prazer individual e imediato. Para essa pessoa não importa que conseqüências as suas decisões trarão para o semelhante . Não importa se haverá perdas para a coletividade. Uma nuança do eu-ismo. A terceira é o narcisismo. A pessoa narcisista idolatra-se. Invoca-se como a expressão da perfeição absoluta. Possui uma auto imagem distorcida, míope, é o padrão universal que todos devem espelhar-se e ou submeter-se aos seus interesses e concepções. Essas visões distorcidas de si mesmo tem causado muitos prejuízos para a sociedade, igrejas e lares.
Me inspira a postura do último profeta, João Batista, ele tinha perfeita consciência de quem era e qual a sua missão, e, quando indagado, afirmou: “eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor. ... Convém que ele cresça e que eu diminua.” (João 3.28,30). Tenhamos a visão de quem está no centro e não desviemos a nossa atenção dEle. Foquemos os nossos olhos e nossas ações para a glória do nosso Deus. Rejeitemos todo convite, assédio e provocações extrínsecas e intrínsecas que nos fazem perder a foco em Deus para nós mesmos. A base para uma boa filosofia de ministério consiste na percepção de que é Deus, o Seu governo, as suas obras que são tão somente para louvor da Sua Glória. Ter a visão da centralidade de Deus corrige a nossa visão e direciona os nossos passos para a valorização do que Ele nos deu para Louvor da Sua glória. Apreciemos as maravilhas do Senhor e O sirvamos com fidelidade e excelência.

Ex Corde, Pr. Rodrigo Odney